segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Asesino en Mérida

Volto à ativa depois de uma semana de folga dos teclados. Já estou em Mérida há quatro dias. A cidade, capital do estado de Yucatán, é relativamente grande - 900 mil habitantes -, com ruas tomadas por casas do período colonial - o que lhe dá um certo charme - e serve como um ponto de parada para conhecer alguns atrativos mexicanos, principalmente na área da arqueologia. Daqui é comum os viajantes partirempara tempos como os de Chichén Itzá e Uxmal, dois dos principais.

Mas comecei mesmo foi pelo Heavy Metal. Cheguei na sexta à noite, larguei minha mochil ano albergue e fui para o show da Asesino, banda do Dino Cazares que passou recentemente por São Paulo, mas que por motivos óbvio snão pude ver pr aí. A abertura ficou por conta de duas bandas locais, Traumator e Tenebras. Ruins de doer. Tanto que nem o nome guardei e tive de colar do meu ingresso, agora, para contar. O bacana de ir a shows de metal é a receptividade da gurizada. Na fila, o papo rolou solto depois que descobriram que eu sou brasileiro. E no show, bebi uma boa quantidade de cerveja de graça. Cada um que descobria minha origem, fazia questão depagar um trago. Teve gente oferecendo a casa para ficar, outros dizendo que podem me levar a pontos turísticos, etc. Boaarte, tenho certeza, resultante do teor alcoólico. Bem, quando a Asesino subiu ao palco os headbangers enlouqueceram. Pauleira total. Claro que entrei no pit para ar uns pontapés e pra completar, aceitei o "pézinho" ofertado por um dos metaleiros e me joguei por cima do público para ficar navegando um pouco. Foi do caralho. s caras de identificam muito com a banda, que canta em espanhol, ainda que o Dino Cazares seja americano. Toca com uma guitarra com a bandeira do México adesivada. Rolaram algumas músicas do Brujeira, como não podia deixar de ser. Enfim, saldo positivíssimo. Cheguei no albergue de madrugada e por isso me dei folga. Só fiquei caminhando por Mérida. E fiz alguns contatos legais. Juan Pablo, Miguel e Edgar pediramo o número do meu celular brasileiro. E ficaram de ligar. Veremos (risos).

Ontem peguei uma busanga e fui para Chichén Itzá, onde está estão as ruínas maias de mesmo nome e que foram eleitas uma das sete maravilhas do mundo. Anda falta ver muita coisa, mas acdho que merecem o título. Muito mais que o Cristo Redentor, com certeza. A pirâmide, chama El Castillo, é a grande atração. Em primeiro lugar é linda, e isso já basta para explicar o fascínio que exerce. Em segundo, é um templo construído pensando na astrologia e no passar do tempo. Cada uma de suas quatro escadas que dão acesso ao topo possui 91 degraus. Somando-os e adicionando o último degari, que dá acesso ao templo que fica no alto, são 365, referência ao numero de dias do ano solar (o ano dos mais tbém tinha 365 dias). Além disso, a pirâmide tem nove níveis, sendo que cada lado é dividido por uma escada, o que representa 18 "fragmentos", referência ao número de meses do calendário deles.

Mas o mais impressionante é a orientação do prédio. Duas vezes por ano há um verdadeiro espetáculo dos equinócios por aqui. Nos dias 21 de março e 22 de setembro, por aproximadamente 10 minutos, é possível ver um efeito proporcionado pela incidência da luz solar. Durante esse tempo, o sol forma triângulos isóceles ao longo de toda a escadaria principal, em cuja ponta há uma cabeça de cobra. Esses triângulos formam o corpo do animal. É de arrepiar. Evidentemente, em razão da data não pude ver o fenômeno. Mas me animei a ficar esperando anoitecer para ver o espetáculo de som e luz, que o reproduz artificialmente.

O fato é que o espetáclo vale a pena não só quando as luzes estão ligadas. Quando se apagam, há um outro evento paralelo, que é ver o puta céu estrelado. Muita gente ficou procurando discos voadores. Eu, inclusive. Não fomos bem-sucedidos, ainda que presenteados com duas estrelas cadentes. Para quem não sabe, essa região do México é famosa pelas aparições. Mas não foi dessa vez...Manão, pode ter certeza de que continua procurando. Não deve ser em vão que os maias daqui diziam que seus deuses moravam nas estrelas. Ou deve?

Amarillo

Hoje embarquei emoutro onibus, agor aocm destino a Izamal, uma pequena cidade distante duas horas de Mérida. Não há muito o que se ver, mas a cidade se tornou conhecida por uma curiosidade: todas as casas do ceu centro histórico são amarelas. Bonitinhas. Tava um calor insuportável e um guri ameaçou roubar dinheiro de mim. Foi só eu dizer que ele não iria fazer isso e pronto. Mudou de idéia. Aproveitei para escalar duas das 12 pirâmides maias que resistem na cidade. Não são boitas, mas a Kinich-Kakmmó é enorme.
Há um belo convento. Evidentemente, amarelo. Sua construção terminou em 1561. É lindo e anda resistem pinturas dos séculos XVI e XVII nas paredes. Mas as atraçõe sterminam aí. Depois fui comer um burrito e fiquei falando de futebol com Fernando, o garçom do restaurante da rodoviária. Em seguida, volta paa casa.

Tulum
Fui a Tulum na terça-feira passada, sem muitos planos. Poderia ficar um dia, ou uma semana. Fiquei três dias. A cidade litorânea, próxima a Cancun, é mais atraente para quem é realmente afeito à felicidade permanente, o que não é meu caso. Povo - me refiro aos gringos - sempre animadíssimo, querendo aprontar alguma coisa nova, etc. Como não é o meu caso, apesar da paisagem exuberante, principalmente no Templo Maia, acabei puxando o carro logo. Sério, não aguento mais falar em inglês e alemão. Vão se foder!

Mas durante a estadia em Tulum, algumas coisas legais foi possível curtir. Tinha uma espanholada no albergue que topou fazer uma paella para todos. Muito boa. Depois, fomos para a praia tomar umas brejas e ouvir um deles dedilhar o seu violão. Também agradável. Não tanto quanto a praia, que é um espetáculo, realmente. Escuridão quase total. Só a lua para clarear um pouco as coisas.

Outra coisa, boa foiram as ruínas. Não são tão magníficas como as de Palenque (veja abaixo) ou de Chichen-Itzá, porque foram construídas já no declínio maia. Mas o puta marzão azul que margeia as construção (o nome significa muralha, mas foidado pelos espanhóis) faz do sítio um do smais bonitos. É de babar.

Também fiz uma boa amizade com um eslovena, que tá indo para o Brasil, onde vai fazer um estágio de Medicina, no Recife. Guria gente boa e parceira, que talvez alguns de vocês venham a conhecer, pq tô passando os contatos da Marina aí em Sampa. Bem, além da ruína em Tulum, aproveitei e fui ara a de Coba, que fica perto. Apesar do cenário bonito, no meio da selva, não impressiona muito.



Pancho Villa

Bem, tô pensando em seguir viagem amanhã à noite, depois de percorrer outros templos por aqui. Meu destino deve ser Veracruz, na metade do caminho em direção ao norte do País. Decidid ir a Chiuhahua e de lá seguir os passos de Pancho Villa. Até para mjudar um pouco de ares e de índios, que lá não são maias!

A todos os que mandaram e-mail e não respondi, obrigado e com o devido tempo vou esrevendo. Mas acompanhem aqui a viagem que fica mais fácil.

Saudades, beijos e abraços,

Gustavo


2 comentários:

Oggh disse...

E a cerveja pelo menos era boa? Abração e siga em frente.

Gustavo disse...

São meio aguadas, companheiro. Mas a gente compensa na quantidade! abração