sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Do sol...para o sol

Cheguei em terras que lembram o velho oeste. E não estou de brincadeira. A região de Zacatecas, cidade que me abriga nomomento, já foi set de filmagens para muitos filmes de western. Cheguei aqui hoje pela manhã. Na terça-feira, depois de muito matutar sobre prós e contras, saí de Mérida em direção a Cancun. O objetivo foi pegar um avião até a cidade do México. Isso por conta de uma relação tempo x dinheiro vantajosa. Se eu pegasse o ônibus de Mérida para a Cidade do México, seriam 23 horas de viagem, mais oito horas até Zacatecas. Saíndo do litoral, pelo mesmo preço, foram apenas 2h até a Cidade do México e, aí sim, mais oito horitas de ônibus até aqui. Com a vantagem de poder conhecer pelo menos um pouco de Cancun. Sinceramente, não estava nos meus planos, porque não me desperta muito interesse ir a um lugar cheio de shopping centers e mais caro. Mas achei um albergue barato (100 pesos) e o marzão, azul, muito azul, compensou. A cidade é bem comercial. E agitada. Festerê e mais festerê. A salvação da lavoura são os ônibus municipais, baratinhos e que levam a qualquer lugar.

Bem, fiquei só um dia, mas foi tempo suficiente para encontrar uma boa loja de Cds e finalmente comprar alguns de bandas de metal mexicanas. Aliás, tive uma ótima notícia. No dia 28 vai acontecer um grande festival na cidade do México, em que vão estar presentes quatro das maiores bandas da história do gênero no país - Transmetal, Luzbel, Next e Makina - além de algumas da nova geração - como Disgorge e Lords Agony. O melhor dessa história é que escrevi para os organizadores e me deram acesso livre ao festival e às bandas. Beleza pura! Tomara que renda.

Bem, a viagem de avião até a Cidade do México foi sossegada, apesar da dificuldade para pousarmos em razão do congestionamento aéreo. A tranquilidade foi aind amaior porque do aeroporto até a estação rodoviária norte tem metrozão direto. Cheguei na rodoviária, comprei o boleto e esperei umas horas. O objetivo (pobre é uma desgraça) foi passar as oito horas no ônibus e economizar a hospedagem. Deu certo. Até porque tive a sorte de viajar solito, sem companheiro de banco.

Cheguei aqui, comi tacos na rodoviária, de desayuno, e fui procurar o transporte público para chegar ao centro, que fica há uns três quilômetros. Moleza. Encontrei o albergue e fui atás de outro transporte, agora para La Quemada, onde há templos (só para variar). Mas esses são diferentes. Normalmente creditados aaos Aztecas (há conrovérsias) e no meio de um deserto bonito pra caralho. Vejam as fotos no Orkut. Emocionante. Vistas inesquecíveis. O ônibus me largou numa encruzilhada, de onde foi preciso caminhar mais dois quilômetros no sol, por uma estradinha praticamente deserta. Repito: cada vista valeu cada passo no calor. Teve esquilo correndo, gavião voando e o parque só para mim. Eu era o único visitante.

Depois, voltei para conhecer a Mina El Eden, que foi exlorada por mais de 400 anos. Hoje só se pode visitar o quarto andar, 500 metros mina adentro. Milhares perderam a vida por ali, mas não se sabe ao certo quantos, porque os espanhóis não contavam os índos como gente...Saíndo d amina, logo ao lado, está o teleférico, que peguei para ir ao mirador e ver a estátua em homangem a Pancho Villa. Foi aqui que ele conquistou importantes vitórias na revolução mexicana e foi por estas terras que se formou a Divisão del Norte.

Mas amanhã, sim, sigo para a "meca" do cinema bangue-bangue no México: Durango. Por lá já foram filmados vários longas do gênero, entre eles o ótimo "Um homem chamado cavalo", filme a que fui apresentado pelo meu pai. Mais recentemente, foi ali que filmaram "Zorro", com Antônio Bandeiras.

Besos e abrazos,
Gu

P.s. Encontrei o primeiro brasileiro perdido no México, ainda em Mérida. Luiz, de Belo Horizonte. O cara se queixou das mesmas coisas que eu. Disse não aguentar mais falar em inglês. Claro que rolou a generosidade entre os brasileiros e dei a ele o meu guia da Guatemala, para onde estava seguindo.

3 comentários:

Erika. disse...

Bom, se os espanhóis não contavam os índicos como gente, hoje eles fazem a mesma coisa: só que com os brasileiros (he, he, he). O fato de a meca do cinama mexicano se chamar Durango tem a ver com o Durango Kid? Se tem, dei uma dentro; se não, dei uma de Magda (he, he). É hoje a festa de Natal da Contadino. Vou fotografar (que novidade) e te mando as imagens. Troncha de saudades! Beijos.

A.Z.Cordenonsi disse...

Bah, tche, e tu tá no meio do "Velho Oeste"... Durango me lembra uma tal banda que tocava "Durango 95" no início dos shows! E dá-lhe Ramones! Grandes abraços colorados... ops, quer dizer, gaúchos... :)

Gustavo disse...

Pois é, Sherlock! Porra, às vezes quando o cara tá mal lembra daquele show inesquecível e retoma o fôlego. Abraços!